Eu tenho carregado essa carga, e nada alem de arrependimento sinto por isso.
Assim eu tenho me permitido acreditar que nada podia me ferir,
Mas a verdade estará sempre disposta a disparar-se como uma flecha direito na minha mente insana.
Eu estou tão perdido em min, e não consigo suportar pensar em viver.
Isso tudo um dia já foi embora, quando eu ainda me permitia acreditar, mas era falso.
Não me leve a mal, me enterre na areia, pois mesmo depois de todo esse tempo eu sou o mesmo,
o mesmo pobre homem amargo de sempre.
Não a casa para min, não a nada dizer, alem de me dirigir sempre na terceira pessoa, como uma forma de conversar comigo mesmo, esperando que eu responda por impulso, ou acorde.
Então eu canto para min todos os dias, uma canção de ódio.
Esperando que eu afaste toda a minha agonia, ou ao menos a esconda, para quando perguntarem se esta são, dizer, ''bem, obrigado''.
Esmagando minha esperança, cresce meu ódio, dai eu acordo, e vejo que era um sonho.
Assim, me deparo com um vazio em casa e o café na mesa, faço o mesmo ritual de sempre, como o que posso aguentar, e então continuo só, mas sinto que minha xicará de café é como se fosse uma aliada, um energético. Começo a ver as coisas por outro lado, ''bem'' assim como todos dizem, achando que é fácil, mas ok, devo tentar começar um bom dia né.
Vou para a porta, observo um dia nublado, o qual não era pra estar, mas acaba me deixando bem com essa leve brisa, o vento nunca foi soprado como a mil anos atrás.
Tudo que eu soube deixou-me sozinho, eu nunca senti a chuva cair como as chamas ardentes, tudo que eu vejo é a face da espera eterna.
_
Acredito que fico assim só porque penso demais (ou não), muito disso aqui foi criado por minha propia
pessoa, ou aumentando pelo peso dos dias passados, mas ainda sim, estou vivendo... e nimguem aqui é feliz aonde a terra sangra.